sexta-feira, 1 de abril de 2011

África

14
Chegou. Nos olhos sabor a sal e mornas dançadas no pó.
O frémito do sítio percorre-lhe o corpo.
Guarda nos seios memórias recentes de luz, demasiada luz para os seus olhos claros, de penumbras familiares. Ainda não consegue falar da cor da terra e dos homens sem um leve tremor nas coxas e, quando o faz, deixa a mão pousada no ventre de saudade intensa.
Comprou perfumes, fragrâncias indecifráveis, essências de mar e fogo que não consegue usar sem o vestido vermelho e preto que despe, quando sonha com o lugar.

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