sexta-feira, 25 de março de 2011

Saharanila


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Visitar teu corpo. Seguir os caminhos da tinta no desenho interior. Tocar o limbo da folha na humidade rosada. Dentro do rio, sorrir ou explorar pela primeira vez e lentamente uma gruta desconhecida, pousar os olhos nas inscrições rupestres enquanto as mão sem cordas, seguram o esperma e percorrem lentamente o planalto dos rins e as próximas elevações que escondem os seios. Deixar-se ir pelos rios subterrâneos ao encontro dos pensamentos albinos e, nos teus olhos, só ver branco imenso e extasiado quando o nosso olhar se encontra numa conversa sonora. Dos orgasmos, ficam marcas imperceptíveis que descansam no interior das células e a tarde vai célere ao encontro do quotidiano.

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