O
tempo, sempre mutante, corre no espaço em busca de um local de descanso.
Corrida
louca e desgastante. No percurso, gasta-se, vai perdendo pedaços,
desfazendo-se em promessas.
No
espaço onde corre o tempo reina a quietude.
Este
espaço, onde corre o tempo, estende-lhe a mão amigável mas, o tempo, encolhe-se e
rejeita a oferta.
Num derradeiro esforço, o tempo tenta preencher o espaço
circundante mas, no acto, esboroa-se, arde e finda.
No
horizonte, em suspensão, o espaço permanece estéril, branco e impreenchível.
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