sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Nagiko I

Outra maneira de te contar o Livro de Cabeceira
(texto transgressor em actos e duas personagens); podia ter dito que outra maneira de te contar o livro de cabeceira era escrevermos com o meu um texto no teu corpo transgressor(dido) e no meu transgredido(ssor) e trocarmos todas as transgressões que ainda não sabemos que são e não são ou,
imagina que começo pelo pé e aí pinto pequenas sílabas de saudades que vão escorrer até ao calcanhar e perder-se nos linhos; com um gesto breve, mão não totalmente aberta e preguiçosa, recuperas duas ou três que escondes não sei onde, que as procure, não estão longe e meto-me ao caminho. Vislumbro um rio, um delta mas uma boca acena-me e entro nela. Fico por lá longo tempo com a mente no mar de saudade que perdi subitamente. Lateja-me o sangue nos teus seios e a penugem do ventre é areia onde me deito ao som da língua no meu sexo e adormeço nesta música ou,

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