terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Lava

9
São duas que a habitam puxando o corpo branco
e a gargantilha de prata e lava viva.
Imperceptíveis sombras esguias na alma
penduradas e de dias doridos se alimentam.
Almas lágrimas e riso de dentro.
Algum calor aflora.
Êxtase e a viagem torna-se anã e finda de si.
Tudo não partilha, apenas uma gota.
Que pouco e a sede tanta e a boca seca.
Que pouco e o tempo tão pequeno.
Voraz.
Cavalga o Sul, horizonte outro.
Lava. Menina.
Viva. Transfigura-se é nua que fica.
Recusa roupa e rasga-me o eu.

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